Mind-to-Machine: o que isso significa?
Com o avanço da IA (como os sistemas de recomendação do ChatGPT, Alexa, Google Assistant, etc.), as decisões de consumo passam a ser intermediadas por algoritmos que espelham o repertório do consumidor. Ou seja: A memória de marca se torna o novo combustível do marketing.
Priscila Boaventura
8/3/20251 min read
O que muda no jogo do branding?
1. Top of Mind vira Top of Machine
Marcas que estão constantemente na mente das pessoas passam a ser a primeira resposta das máquinas.
Exemplo:
Se você perguntar ao ChatGPT qual é um bom sabão em pó e a primeira marca que vier à mente for “OMO”... é muito provável que a IA também recomende isso, porque os dados públicos, menções sociais e comportamento indicam que essa marca é dominante no repertório popular.
Ou seja, brand awareness deixa de ser só prestígio, vira mecanismo de escolha digital.
2. Marcas medianas desaparecem
Com a IA filtrando opções, marcas sem diferenciação real e pouco lembradas não serão nem cogitadas.
Se antes uma boa copy podia garantir um clique no anúncio, agora a IA só vai oferecer o que já tem autoridade e reputação estabelecida.
Branding fraco será invisibilidade programada.
3. Construir marca será investir em “IA readiness”
Investir em branding agora também significa:
Ter boa presença nos canais digitais (SEO, redes, menções)
Estar constantemente em conversas sociais e culturais
Construir reputação de confiança e autoridade
Ter posicionamento claro e narrativas memoráveis
A IA não inventa marcas do nada — ela replica o que as pessoas já reconhecem, gostam e citam.
Implicações práticas para as marcas:
Fortalecer posicionamento - Para a IA “entender” quem você é e em que categoria atual
Fomentar lembrança e recorrência - IA recomenda o que é lembrado com frequência
Estar presente em fontes confiáveis - IA usa dados públicos, reviews, artigos, reputação
Ativar comunidades e cultura - Engajamento real gera dados e provas sociais que alimentam o algoritmo
O branding, que sempre foi sobre memória, percepção e relação emocional, agora também é sobre ser selecionável pela inteligência artificial.
Marcas memoráveis não serão só preferidas, serão recomendadas.
Quem constrói marca com consistência, autenticidade e presença real está se preparando para um mundo onde a atenção do consumidor passa pelas máquinas.